
“A Lisa já sabe?”, “Não. Vamos lá
comigo contar para ela?”. Fomos; Lisa chorou e disse: “Mas ainda há tanta coisa
pra gente fazer juntos”. E juntos debaixo do guarda chuva, que naquele dia de
sol nos protegia da força do tempo que ergue e destrói que escreve e apaga. Mas
que sobre nós, na verdade, tatuava o laço de prata que não se desfaz; a
amizade. O ano nem tinha terminado e Vini já tinha se mudado, eu e Lisa não nos
víamos sempre como antes. Um dia a encontrei sentada no morro de Sant’Anna, era
sábado, á tardinha, o sino da igrejinha tocava, ia começar a Missa. Diante da
imagem de um anjo, virado para o mar e apontando para o céu, tendo aos pés uma
urna gravada a palavra “sim”, eu e Lisa também oferecemos o nosso “sim” de não
nos esquecermos do Vini e nem um do outro. Dias difíceis, foram àqueles últimos
meses que antecederam as novas férias que viriam.
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